O Guia Definitivo da Cabine Primária de Média Tensão: O que é, Para que Serve e Como Funciona

Cabine Primária de Média Tensã0 é uma instalação elétrica que recebe energia em média tensão, mas antes vamos entender melhor para que serve.

Indústrias, shoppings, hospitais e grandes edifícios não podem conviver com quedas, flutuações e gargalos de potência. A continuidade desses negócios depende de energia estável, segura e bem gerida. Interrupções geram custos, param linhas, comprometem estoques e colocam pacientes e dados em risco. Nesses cenários, receber energia apenas pela rede de baixa tensão torna-se caro, limitado e pouco flexível para ampliar a operação. A solução nasce no ponto de entrada da rede de média tensão do consumidor: a cabine primária

Pense nela como uma mini subestação instalada dentro da propriedade, construída para receber, transformar, proteger e distribuir a energia em níveis adequados de tensão e corrente. 

Falando em termos práticos: é o sistema que viabiliza o uso seguro da eletricidade em cargas de grande porte, com qualidade e disponibilidade.

Ao longo deste guia, você verá o conceito técnico, as diferenças em relação a outras estruturas, os componentes, os benefícios e o passo a passo de implantação e manutenção. 

O objetivo é que qualquer gestor, engenheiro ou empreendedor entenda, de forma clara, o que é cabine primária, por que ela reduz cabine convencional edp bandeirantecustos e como garantir confiabilidade no fornecimento.

 

Table of Contents

O que é uma cabine primária e como ela se diferencia de uma subestação?

Definição Técnica

A cabine primária é uma instalação elétrica que recebe energia em média tensão — tipicamente 13,8 kV ou 34,5 kV — e a transforma para níveis de baixa tensão usuais na planta, como 220 V, 380 V ou 440 V. 

O conjunto inclui dispositivos de manobra, proteção, medição e um transformador de potência que faz o rebaixamento da tensão.

Uma imagem útil: o “coração” elétrico do site consumidor. A partir dela, a energia segue por alimentadores e quadros até chegar aos centros de carga, motores, chillers, sistemas de TI e iluminação, preservando a integridade de pessoas e equipamentos.

A Cabine primária vs. cabine secundária: entendendo a hierarquia

A primária é o ponto de entrada da média tensão na propriedade do cliente. Nela ocorrem seccionamento, proteção geral, medição e transformação. 

Já a cabine secundária aparece na distribuição interna em baixa tensão. Pode concentrar quadros, seções de barramento e proteção final de circuitos. 

Em plantas menores, essa “secundária” nem sempre existe como sala dedicada, pois os painéis de baixa tensão, por si só, cumprem o papel de distribuição.

Subestação primária: um termo abrangente

No ambiente do consumidor, “cabine primária” é o termo mais usual para a subestação de entrada. 

Já “subestação primária”, no jargão das concessionárias, tende a designar instalações de porte maior, que alimentam redes urbanas eCabine Primária Blindada 15 a 36kV  rurais. 

Na linguagem do cliente, muitos profissionais tratam os termos como sinônimos, desde que fique claro que estamos falando da subestação do consumidor.

Para que serve uma  a cabine primária e quais negócios se beneficiam?

A função essencial: conexão e transformação

Empresas com demanda contratada acima de 75 kW (limiar que pode variar por regulamento local) migram para o atendimento em média tensão. 

Esse enquadramento permite tarifas mais competitivas, aderência a planos específicos e ganhos de qualidade. 

A cabine primária conecta o empreendimento à rede de média tensão, executa o rebaixamento para baixa tensão e integra proteções que isolam falhas, preservam pessoas e evitam danos em cascata.

 

Cenários de uso e tipos de negócio

  • Indústrias: linhas de produção, fornos, compressores, HVAC robusto. A cabine garante a partida de grandes motores com menor impacto na rede interna.

  • Centros comerciais e shoppings: alta densidade de lojas, climatização pesada, picos sazonais de consumo.

  • Hospitais: equipamentos sensíveis, UTI, centros cirúrgicos e sistemas de imagem. O que é cabine primária nesse contexto? É o elo que assegura estabilidade de tensão e rapidez na seletividade das proteções, somando-se a grupos geradores e UPS na arquitetura de continuidade.

  • Grandes escritórios e data centers: cargas críticas, TI, climatização redundante, necessidade de baixa distorção harmônicacabines blindada e controle rigoroso de qualidade de energia.

  • Supermercados e atacarejos: refrigeração contínua, câmaras frias e grande iluminação.

Os 5 principais benefícios

  1. Redução de custos
    Atendimentos em média tensão costumam entregar tarifas e condições de contratação mais favoráveis para quem consome muito. O racional é simples: maior previsibilidade, menor perda na distribuição e possibilidade de gestão ativa da demanda.

  2. Qualidade e estabilidade
    O rebaixamento local e as proteções adequadas reduzem flutuações e quedas, fator decisivo para equipamentos sensíveis, motores e sistemas de TI.

  3. Flexibilidade e escalabilidade
    A cabine pode ser dimensionada já prevendo expansão de carga. Reservas de barramento, espaço físico e transformadores adicionais tornam o crescimento mais ágil.

  4. Maior controle
    Medição detalhada, supervisão e integração com sistemas de gestão energética (EMS) permitem identificar picos, corrigir fator de potência, otimizar horários e negociar contratos com dados na mão.

  5. Segurança
    Dispositivos de interrupção e relés digitais de proteção isolam defeitos em milissegundos. Isso evita incêndios, danos extensos e riscos a equipes.

Anatomia de uma cabine primária: conheça os componentes essenciais

Vamos mostrar os blocos que respondem à pergunta “quais são os componentes de uma cabine primária?”.

Ponto de entrega e seccionamento

Aqui ficam a chave seccionadora, as muflas de terminação do cabo de média tensão e, em muitos projetos, pára-raios de óxido de zinco e detectores de falta. 

O seccionamento permite isolar o cliente da rede da concessionária para manutenções e manobras de segurança.

Proteção geral

A proteção geral normalmente utiliza disjuntor de média tensão. 

Os modelos mais comuns são a vácuo e os que utilizam SF₆. 

Acoplado a esse disjuntor, há um relé de proteção programável, com funções como 50/51 (sobrecorrente instantânea e temporizada), cabines bindada50N/51N (proteção de neutro), 27/59 (sub e sobretensão) e, quando aplicável, 81 (frequência). 

O objetivo é detectar anomalias e abrir o circuito com rapidez, limitando a energia do defeito.

Transformação de potência

O transformador é a peça central. Pode ser a óleo (alta robustez térmica e mecânica) ou a seco (epóxi/elastomérico, indicado onde se busca mitigação de riscos ambientais ou restrição de óleo). 

Sua função é rebaixar, por exemplo, de 13.800 V para 380 V trifásico, atendendo a motores, chillers, UPS e painéis de distribuição.

Medição e faturamento

A medição oficial da concessionária usa Transformadores de Potencial (TPs) e Transformadores de Corrente (TCs), que “escala-down” tensão e corrente para níveis seguros de medidores e relés. 

Essa medição alimenta o faturamento e, em muitos casos, sistemas de telemedição que registram demanda, energia ativa e reativa, e perfil de carga ao longo do tempo.

Painéis e distribuição em baixa tensão

Do lado de baixa tensão, o QGBT (Quadro Geral de Baixa Tensão) concentra chaves, disjuntores, barramentos, transformadores de serviços auxiliares e dispositivos de proteção contra surtos. 

A partir dele partem alimentadores para MCCs, QDUs, centros de TI e quadros setoriais.

 

Modelos e variações: qual cabine primária escolher?

Cabine em alvenaria (convencional)

Estrutura erguida in loco, com salas separadas para média tensão, transformadores e baixa tensão. 

Permite maior liberdade de layout, ventilação sob medida e facilidades para futuras ampliações. Pode exigir prazos maiores de obra cabine de alvenaria artgurucivil e coordenação fina entre disciplinas.

Cabine blindada ou compacta

Unidades montadas em fábrica, do tipo eletrocentro ou skid, chegam prontas para instalação. 

Ocupam menos área, reduzem interferências de obra e aceleram cronograma. São úteis em locais com restrição de espaço, prazos apertados e necessidade de padronização entre sites.

Cabine simplificada

Atende demandas menores, com configuração mais enxuta e custo reduzido. Útil para empreendimentos em fase inicial ou com perfil de carga moderada. 

Mesmo simplificada, precisa de projeto responsável, dispositivos de proteção adequados e documentação técnica completa.

 

Como obter, utilizar e garantir a segurança da sua instalação

As etapas para implementação

  1. Análise de viabilidade e demanda
    Levantamento de cargas, previsão de expansão, fator de potência, perfil horário e requisitos de continuidade. Essa etapa orienta a classe de tensão, a potência do transformador e os níveis de curto-circuito.

  2. Desenvolvimento do projeto elétrico
    Projeto executivo com diagramas unifilares, memoriais, cálculo de curto-circuito, seletividade, especificações de equipamentos, ventilação e drenagem (no caso de óleo). Inclui layout civil e requisitos de segurança.

  3. Aprovação na concessionária de energia
    Submissão dos documentos, atendimento a normas internas e definição do ponto de entrega. Ajustes de padronização ocorrem Cabine Primária de Média Tensão 15 a 36kVaqui, incluindo critérios de medição, lacres e comunicação remota.

  4. Construção e montagem
    Obras civis, eletromecânica e interligações. O canteiro deve manter sinalização, controle de acesso, bloqueio e etiquetagem (LOTO) durante a execução.

  5. Comissionamento e energização
    Ensaios de isolação, testes nos relés, verificação de intertravamentos, testes funcionais e emissão dos relatórios. A energização só ocorre após checagens formais e emissão de ARTs pertinentes.

Segurança: quem pode entrar na cabine primária?

Apenas profissionais qualificados e autorizados, com treinamento NR-10 atualizado e aptos ao trabalho em instalações elétricas. 

A área deve ter controle de acesso, EPIs e EPCs adequados, placas de advertência, aterramento funcional e de proteção bem executados, sistema de combate a incêndio compatível e procedimentos de bloqueio e sinalização claros. 

Saber o que é cabine primária inclui compreender que ali existem níveis de energia e tensão capazes de causar acidentes graves.

Manutenção preventiva: a chave para a longevidade

Manutenção não é custo supérfluo, é seguro de operação. Portanto, é necessário incluir:

  • Inspeções visuais periódicas: limpeza, integridade de barramentos, conexões e muflas.

  • Termografia em painéis e conexões de média e baixa tensão para detectar aquecimentos anômalos.

  • Análise de óleo em transformadores a óleo: rigidez dielétrica, água, índice de acidez e cromatografia de gases dissolvidos.

  • Ensaios elétricos: resistência de isolamento, relação de transformação, resistência ôhmica de enrolamentos, testes nos relés e cabines blindada 1verificação de curvas.

  • Checagem de aterramento: medições de resistência e continuidade de equipotencialização.

  • Atualização de firmware e calibração de medidores e relés conforme o plano de calibração metrológica.

Um plano bem estruturado reduz paradas não programadas, prolonga a vida útil dos ativos e garante que a cabine responda corretamente em eventos de falha.

 

Onde buscar conhecimento e especialistas?

Normas técnicas são o alicerce de projetos seguros. Para média tensão, uma referência central é a ABNT NBR 14039, que trata de instalações de 1,0 kV a 36,2 kV. 

A NR-10 traz diretrizes de segurança para serviços com eletricidade. Regulamentos da concessionária local e manuais dos fabricantes completam o quadro.

A contratação de empresas de engenharia especializadas encurta caminhos. Profissionais com vivência em estudo de curto-circuito, seletividade, coordenação de proteções e comissionamento evitam retrabalhos e não conformidades. 

Se  você busca apoio técnico, a equipe do Luciano pode cuidar do diagnóstico, do projeto executivo, da interlocução com a concessionária e do comissionamento, entregando uma cabine primária pronta para crescer junto com o seu negócio.

Conclusão

A cabine primária não é apenas um requisito para quem consome muita energia. Trata-se de um investimento estratégico que combina redução de custos, qualidade de fornecimento, segurança e capacidade de expansão. 

O conjunto de transformadores, proteção, medição e distribuição forma a base de uma operação estável, capaz de sustentar produção, serviços críticos e TI sem sobressaltos.

A jornada correta passa por viabilidade, projeto bem calculado, aprovação na concessionária, montagem com qualidade e comissionamento rigoroso. 

A manutenção preventiva fecha o ciclo, mantendo o desempenho em dia e preservando o capital investido. 

Quer saber o que é cabine primária na prática? É a garantia de potência disponível, com seletividade, confiabilidade e domínio sobre a sua conta de energia.

Sua empresa está pronta para dar o próximo passo em eficiência energética? Fale com nossos especialistas e descubra o projeto de cabine primária ideal para você.

Interrupções geram custos, param linhas, comprometem estoques e colocam pacientes e dados em risco. 

Nesses cenários, receber energia apenas pela rede de baixa tensão torna-se caro, limitado e pouco flexível para ampliar a operação.cabines em alvenaria

A solução nasce no ponto de entrada da rede de média tensão do consumidor: a cabine primária. 

Pense nela como uma mini subestação instalada dentro da propriedade, construída para receber, transformar, proteger e distribuir a energia em níveis adequados de tensão e corrente. 

Falando em termos práticos: é o sistema que viabiliza o uso seguro da eletricidade em cargas de grande porte, com qualidade e disponibilidade.

Ao longo deste guia, você verá o conceito técnico, as diferenças em relação a outras estruturas, os componentes, os benefícios e o passo a passo de implantação e manutenção. 

O objetivo é que qualquer gestor, engenheiro ou empreendedor entenda, de forma clara, o que é cabine primária, por que ela reduz custos e como garantir confiabilidade no fornecimento.

O que é uma cabine primária e como ela se diferencia de uma subestação?

Definição Técnica

A cabine primária é uma instalação elétrica que recebe energia em média tensão — tipicamente 13,8 kV ou 34,5 kV — e a transforma para níveis de baixa tensão usuais na planta, como 220 V, 380 V ou 440 V. 

O conjunto inclui dispositivos de manobra, proteção, medição e um transformador de potência que faz o rebaixamento da tensão.

Uma imagem útil: o “coração” elétrico do site consumidor. A partir dela, a energia segue por alimentadores e quadros até chegar aos centros de carga, motores, chillers, sistemas de TI e iluminação, preservando a integridade de pessoas e equipamentos.

Cabine primária vs. cabine secundária: entendendo a hierarquia

A primária é o ponto de entrada da média tensão na propriedade do cliente. Nela ocorrem seccionamento, proteção geral, medição e transformação. 

Já a cabine secundária aparece na distribuição interna em baixa tensão. Pode concentrar quadros, seções de barramento e proteção final de circuitos. 

Em plantas menores, essa “secundária” nem sempre existe como sala dedicada, pois os painéis de baixa tensão, por si só, cumprem o cabine primaria blindadapapel de distribuição.

Subestação primária: um termo abrangente

No ambiente do consumidor, “cabine primária” é o termo mais usual para a subestação de entrada. 

Já “subestação primária”, no jargão das concessionárias, tende a designar instalações de porte maior, que alimentam redes urbanas e rurais. 

Na linguagem do cliente, muitos profissionais tratam os termos como sinônimos, desde que fique claro que estamos falando da subestação do consumidor.

Para que serve uma cabine primária e quais negócios se beneficiam?

A função essencial: conexão e transformação

Empresas com demanda contratada acima de 75 kW (limiar que pode variar por regulamento local) migram para o atendimento em média tensão. 

Esse enquadramento permite tarifas mais competitivas, aderência a planos específicos e ganhos de qualidade. 

A cabine primária conecta o empreendimento à rede de média tensão, executa o rebaixamento para baixa tensão e integra proteções que isolam falhas, preservam pessoas e evitam danos em cascata.

Cenários de uso e tipos de negócio

  • Indústrias: linhas de produção, fornos, compressores, HVAC robusto. A cabine garante a partida de grandes motores com menor impacto na rede interna.

  • Centros comerciais e shoppings: alta densidade de lojas, climatização pesada, picos sazonais de consumo.

  • Hospitais: equipamentos sensíveis, UTI, centros cirúrgicos e sistemas de imagem. O que é cabine primária nesse contexto? É o elo que assegura estabilidade de tensão e rapidez na seletividade das proteções, somando-se a grupos geradores e UPS na arquitetura de continuidade.

  • Grandes escritórios e data centers: cargas críticas, TI, climatização redundante, necessidade de baixa distorção harmônica cabine em poste unico elektro neoenergiae controle rigoroso de qualidade de energia.

  • Supermercados e atacarejos: refrigeração contínua, câmaras frias e grande iluminação.

Os 5 principais benefícios

  1. Redução de custos
    Atendimentos em média tensão costumam entregar tarifas e condições de contratação mais favoráveis para quem consome muito. O racional é simples: maior previsibilidade, menor perda na distribuição e possibilidade de gestão ativa da demanda.

  2. Qualidade e estabilidade
    O rebaixamento local e as proteções adequadas reduzem flutuações e quedas, fator decisivo para equipamentos sensíveis, motores e sistemas de TI.

  3. Flexibilidade e escalabilidade
    A cabine pode ser dimensionada já prevendo expansão de carga. Reservas de barramento, espaço físico e transformadores adicionais tornam o crescimento mais ágil.

  4. Maior controle
    Medição detalhada, supervisão e integração com sistemas de gestão energética (EMS) permitem identificar picos, corrigir fator de potência, otimizar horários e negociar contratos com dados na mão.

  5. Segurança
    Dispositivos de interrupção e relés digitais de proteção isolam defeitos em milissegundos. Isso evita incêndios, danos extensos e riscos a equipes.

Anatomia de uma cabine primária: conheça os componentes essenciais

Vamos mostrar os blocos que respondem à pergunta “quais são os componentes de uma cabine primária?”.

Ponto de entrega e seccionamento

Aqui ficam a chave seccionadora, as muflas de terminação do cabo de média tensão e, em muitos projetos, pára-raios de óxido de zinco e detectores de falta. 

O seccionamento permite isolar o cliente da rede da concessionária para manutenções e manobras de segurança.

Proteção geral

A proteção geral normalmente utiliza disjuntor de média tensão. 

Os modelos mais comuns são a vácuo e os que utilizam SF₆. 

Acoplado a esse disjuntor, há um relé de proteção programável, com funções como 50/51 (sobrecorrente instantânea e temporizada),aterramento cabine primaria 25kv 50N/51N (proteção de neutro), 27/59 (sub e sobretensão) e, quando aplicável, 81 (frequência). 

O objetivo é detectar anomalias e abrir o circuito com rapidez, limitando a energia do defeito.

Transformação de potência

O transformador é a peça central. Pode ser a óleo (alta robustez térmica e mecânica) ou a seco (epóxi/elastomérico, indicado onde se busca mitigação de riscos ambientais ou restrição de óleo). 

Sua função é rebaixar, por exemplo, de 13.800 V para 380 V trifásico, atendendo a motores, chillers, UPS e painéis de distribuição.

Medição e faturamento

A medição oficial da concessionária usa Transformadores de Potencial (TPs) e Transformadores de Corrente (TCs), que “escala-down” tensão e corrente para níveis seguros de medidores e relés. 

Essa medição alimenta o faturamento e, em muitos casos, sistemas de telemedição que registram demanda, energia ativa e reativa, e perfil de carga ao longo do tempo.

 

Painéis e distribuição em baixa tensão

Do lado de baixa tensão, o QGBT (Quadro Geral de Baixa Tensão) concentra chaves, disjuntores, barramentos, transformadores de serviços auxiliares e dispositivos de proteção contra surtos. 

A partir dele partem alimentadores para MCCs, QDUs, centros de TI e quadros setoriais.

 

Modelos e variações: qual cabine primária escolher?

Cabine em alvenaria (convencional)

Estrutura erguida in loco, com salas separadas para média tensão, transformadores e baixa tensão. 

Permite maior liberdade de layout, ventilação sob medida e facilidades para futuras ampliações. Pode exigir prazos maiores de obra civil e coordenação fina entre disciplinas.

Cabine blindada ou compacta

Unidades montadas em fábrica, do tipo eletrocentro ou skid, chegam prontas para instalação. 

Ocupam menos área, reduzem interferências de obra e aceleram cronograma. São úteis em locais com restrição de espaço, prazos Cabine Primária Blindada 15 a 36kV apertados e necessidade de padronização entre sites.

Cabine simplificada

Atende demandas menores, com configuração mais enxuta e custo reduzido. Útil para empreendimentos em fase inicial ou com perfil de carga moderada. 

Mesmo simplificada, precisa de projeto responsável, dispositivos de proteção adequados e documentação técnica completa.

 

Como obter, utilizar e garantir a segurança da sua instalação

As etapas para implementação

  1. Análise de viabilidade e demanda
    Levantamento de cargas, previsão de expansão, fator de potência, perfil horário e requisitos de continuidade. Essa etapa orienta a classe de tensão, a potência do transformador e os níveis de curto-circuito.

  2. Desenvolvimento do projeto elétrico
    Projeto executivo com diagramas unifilares, memoriais, cálculo de curto-circuito, seletividade, especificações de equipamentos, ventilação e drenagem (no caso de óleo). Inclui layout civil e requisitos de segurança.

  3. Aprovação na concessionária de energia
    Submissão dos documentos, atendimento a normas internas e definição do ponto de entrega. Ajustes de padronização ocorrem aqui, incluindo critérios de medição, lacres e comunicação remota.

  4. Construção e montagem
    Obras civis, eletromecânica e interligações. O canteiro deve manter sinalização, controle de acesso, bloqueio e etiquetagem (LOTO) durante a execução.

  5. Comissionamento e energização
    Ensaios de isolação, testes nos relés, verificação de intertravamentos, testes funcionais e emissão dos relatórios. A energização só ocorre após checagens formais e emissão de ARTs pertinentes.

Segurança: quem pode entrar na cabine primária?

Apenas profissionais qualificados e autorizados, com treinamento NR-10 atualizado e aptos ao trabalho em instalações elétricas. 

A área deve ter controle de acesso, EPIs e EPCs adequados, placas de advertência, aterramento funcional e de proteção bem executados, sistema de combate a incêndio compatível e procedimentos de bloqueio e sinalização claros. 

Saber o que é cabine primária inclui compreender que ali existem níveis de energia e tensão capazes de causar acidentes graves.

Manutenção preventiva: a chave para a longevidade

Manutenção não é custo supérfluo, é seguro de operação. Portanto, é necessário incluir:

  • Inspeções visuais periódicas: limpeza, integridade de barramentos, conexões e muflas.

  • Termografia em painéis e conexões de média e baixa tensão para detectar aquecimentos anômalos.

  • Análise de óleo em transformadores a óleo: rigidez dielétrica, água, índice de acidez e cromatografia de gases dissolvidos.

  • Ensaios elétricos: resistência de isolamento, relação de transformação, resistência ôhmica de enrolamentos, testes nos relés e verificação de curvas.

  • Checagem de aterramento: medições de resistência e continuidade de equipotencialização.

  • Atualização de firmware e calibração de medidores e relés conforme o plano de calibração metrológica.

Um plano bem estruturado reduz paradas não programadas, prolonga a vida útil dos ativos e garante que a cabine responda corretamente em eventos de falha.

 

Onde buscar conhecimento e especialistas?

Normas técnicas são o alicerce de projetos seguros. Para média tensão, uma referência central é a ABNT NBR 14039, que trata de instalações de 1,0 kV a 36,2 kV. 

A NR-10 traz diretrizes de segurança para serviços com eletricidade. Regulamentos da concessionária local e manuais dos fabricantes completam o quadro.

A contratação de empresas de engenharia especializadas encurta caminhos. Profissionais com vivência em estudo de curto-circuito, seletividade, coordenação de proteções e comissionamento evitam retrabalhos e não conformidades. 

Se  você busca apoio técnico, a equipe do Luciano pode cuidar do diagnóstico, do projeto executivo, da interlocução com a concessionária e do comissionamento, entregando uma cabine primária pronta para crescer junto com o seu negócio.

 

Conclusão

A cabine primária não é apenas um requisito para quem consome muita energia. Trata-se de um investimento estratégico que combina redução de custos, qualidade de fornecimento, segurança e capacidade de expansão. 

O conjunto de transformadores, proteção, medição e distribuição forma a base de uma operação estável, capaz de sustentar produção, serviços críticos e TI sem sobressaltos.

A jornada correta passa por viabilidade, projeto bem calculado, aprovação na concessionária, montagem com qualidade e comissionamento rigoroso. 

A manutenção preventiva fecha o ciclo, mantendo o desempenho em dia e preservando o capital investido. 

Quer saber o que é cabine primária na prática? É a garantia de potência disponível, com seletividade, confiabilidade e domínio sobre a sua conta de energia.

Sua empresa está pronta para dar o próximo passo em eficiência energética? Fale com nossos especialistas e descubra o projeto de cabine primária ideal para você.

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